Qualidade das rodovias: ações do governo e do SINACEG buscam a melhoria das estradas
A infraestrutura das rodovias brasileiras enfrenta diversos problemas estruturais que comprometem a eficiência e a segurança do transporte rodoviário. A falta de manutenção adequada, a má qualidade do pavimento e a ausência de modernização são alguns dos principais desafios enfrentados nas estradas do Brasil. Esses problemas resultam em estradas esburacadas, sinalização precária e ausência de acostamentos, aumentando o risco de acidentes e a degradação dos veículos.
Além disso, a extensão da malha rodoviária pavimentada é insuficiente para atender a demanda crescente por transporte, especialmente em áreas remotas, onde as estradas de terra são predominantes. Essas precariedades na infraestrutura rodoviária se traduzem em um gargalo significativo para o crescimento econômico do Brasil, afinal, as rodovias são responsáveis pelo transporte de aproximadamente 75% das cargas no País, e os problemas estruturais aumentam os custos logísticos, elevam o tempo de deslocamento, reduzem a previsibilidade das entregas e colocam em risco as vidas de quem circula por nossas estradas.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, no seu Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, os 10 trechos mais perigosos segundo o número de mortes a cada 10 km. Entre novembro de 2022 e outubro de 2023, cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais. A BR-101, em Santa Catarina, lidera o ranking com 529 acidentes e 16 mortes.
A CNT destaca que imprudência ao dirigir, desrespeito às regras de trânsito e a má infraestrutura resultam em preocupantes estatísticas. Diariamente, ocorrem em média 182 acidentes e 15 mortes nas rodovias federais. Além disso, a reação tardia dos condutores causou 9.548 acidentes (14,3% do total), enquanto transitar na contramão foi a principal causa de mortes recentes, com 866 ocorrências (15,7% do total).
Neste ano, o Governo Federal anunciou um robusto pacote de investimentos para a infraestrutura rodoviária do Brasil. Estão previstos R$ 100 bilhões para projetos de duplicação, construção de novos trechos e modernização das estradas. Esta iniciativa é uma oportunidade valiosa para o setor de transporte, prometendo diversos benefícios, tais como:
- Melhoria na segurança viária: a duplicação e novos trechos ajudarão a aliviar o congestionamento e reduzir acidentes.
- Redução no tempo de viagem: estradas modernizadas permitirão um fluxo mais rápido da produção e entregas mais eficientes.
- Economia em combustíveis e manutenção: trânsito mais fluido e estradas de qualidade reduzirão significativamente os custos operacionais dos caminhoneiros.
- Aumento da competitividade: melhorias nas rodovias facilitarão o desenvolvimento do transporte de veículos novos, beneficiando as indústrias que dependem desse serviço para distribuir seus produtos.
Além de iniciativas governamentais, é preciso um grande trabalho de conscientização de motoristas profissionais e amadores para rodovias mais eficientes e, acima de tudo, seguras. O SINACEG vem atuando nessas duas frentes para garantir uma evolução contínua no sistema viário brasileiro.
Do ponto de vista governamental, o sindicato acompanha de perto todas as iniciativas do Ministério dos Transportes, do Executivo, Legislativo e Judiciário, atento ao debate democrático que encaminha as rodovias do Brasil para um futuro mais promissor. Internamente, o SINACEG investe em treinamento e capacitação constante para seus associados, trabalhando para que eles sejam agentes da transformação que buscamos, ajudando a criar estradas mais seguras para todos.
A melhoria da infraestrutura rodoviária no Brasil é uma necessidade constante, e as iniciativas recentes do Governo Federal representam um passo significativo para enfrentar esses desafios. No entanto, a verdadeira transformação só será alcançada com um esforço conjunto entre poder público, entidades do setor e a conscientização dos motoristas. O SINACEG seguirá desempenhando seu papel neste contexto, monitorando as ações governamentais e investindo em treinamentos, entendendo que somente a combinação de investimentos estruturais e educação no trânsito pode garantir um amanhã cada vez melhor para o transporte rodoviário brasileiro, essencial para o crescimento econômico e a segurança de todos.